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Resumen Introdução: A parada cardiorrespiratória é um evento raro na anestesia. Conhecer previamente o paciente, suas comorbidades e medicações em uso, pode antecipar eventos adversos. Objetivo: Revisarinterações medicamentosasque podem estar presentes no cotidiano influenciando o desfecho do ato anestésico. Relato de Caso: Paciente do gênero feminino, 79 anos, 60kg, 1.60m, portadora de depressão e labirintite, em uso regular de lorazepam, labirin®, ranitidina, citalopram e risperidona. Apósduas semanas da realização de artroplastia total de quadril ,apresentou queda, com luxação da prótese, sendosubmetida a cirurgia de emergência.Usava as medicações habituais, acrescidas de xarelto®, o que motivou a opção pela anestesia geral. Administrados cefazolina 2g IV no SF 0,9% 500 ml e palonosetrona 0,75 mg IV diluído em 20 mL de SF 0.9%. Após a indução, realizada com fentanil 200 µg, lidocaína 2% 60 mg, propofol 100 mg e cisatracúrio 60 mg , a paciente evoluiu com bradicardia sinusal e hipotensão. Não houve resposta a 0,75 mg de atropina e efedrina 30 mg ; ocorreu rápida progressão para parada cardiorrespiratória em assistolia, revertida em 3 minutos de manobras de ressuscitação cardiorrespiratória. Foi extubada após descurarização , lúcida e hemodinamicamente estável. Conclusão: A farmacocinética no idoso pode interferir nas medicações de uso contínuo e potencializar os efeitos adversos das drogas utilizadas no perioperatório. Dentre as diversas causas de parada cardiorespiratória em anestesia, a interação medicamentosa deve ser lembrada, especialmente no idoso, no qual é comum a polifarmácia e a suscetibilidade à depressão cardiovascular induzida pelo próprio ato anestésico.